Cine Um por Dia: A Grande Viagem

domingo, 22 de janeiro de 2012

A Grande Viagem

Título original: Le grand voyage
Direção: Ismaël Ferroukhi
Gênero: Drama
Tempo de duração: 108 minutos
Ano de lançamento: 2004

Sinopse: Faltando poucas semanas para o exame de admissão, Reda (Nicolas Cazalé), que vive ao sul da França, se vê obrigado a levar seu pai (Mohamed Majd) para Meca. Reda e seu pai não tem nada em comum, conversando muito pouco durante a viagem. Eles passam por vários países, um observando o comportamente do outro.

Imdb: http://www.imdb.com/title/tt0361670/
Filmow: http://filmow.com/a-grande-viagem-t4190

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4 comentários:

jed22 de janeiro de 2012 às 12:02
Os muçulmanos desta história não fazem guerra santa. Eles se estranham muito - mas são pai e filho. Não fazem apenas uma grande viagem a Meca, mas para dentro de si mesmos. Belo filme. Vale a pena ver.
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Zhen22 de janeiro de 2012 às 22:46
Belíssimo filme...Como sempre, vou sem medo no seu bom gosto, Cinéfilo.
Em contrapartida, hoje mais um servidor saiu do ar: o filesonic. A coisa tá feia, meu amigo.

Abraço!
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Saulo Lima.27 de janeiro de 2012 às 09:08
É incrível o poder que a religião tem de unir pessoas. Incrível como o pai de Reda deposita total confiança num grupo de pessoas desconhecidas pelo simples fato de ambos serem muçulmanos. Um exemplo para nossa sociedade como um todo, onde sempre olhamos primeiramente com desconfiança para um desconhecido.
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Ortodoxia (G. K. Chesterton)

"Uma criança balança as pernas ritmicamente por excesso de vida, não pela ausência dela. Pelo fato de as crianças terem uma vitalidade abundante, elas são espiritualmente impetuosas e livres; por isso querem coisas repetidas, inalteradas. Elas sempre dizem: “Vamos de novo”; e o adulto faz de novo até quase morrer de cansaço. Pois os adultos não são fortes o suficiente para exultar na monotonia.

Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotonia. É possível que Deus todas as manhãs diga ao sol: “Vamos de novo”; e todas as noites à lua: “Vamos de novo”. Talvez não seja uma necessidade automática que torna todas as margaridas iguais; pode ser que Deus crie todas as margaridas separadamente, mas nunca se canse de criá-las. Pode ser que ele tenha um eterno apetite de criança; pois nós pecamos e ficamos velhos, e nosso Pai é mais jovem do que nós".

O Peso da Glória (C. S. Lewis)

"Os livros ou a música em que nos parecia morar a beleza vão trair-nos se neles confiarmos; ela não estava neles, apenas nos vinha por intermédio deles, e o que nos vinha era uma grande saudade. Tudo isso — a beleza, a memória do nosso passado — são belas imagens do que realmente desejamos... Porque eles não são a coisa propriamente dita; são apenas o aroma de uma flor que não encontramos, o eco de uma melodia que não ouvimos, notícias de um país que nunca visitamos.

Durante alguns minutos tivemos a ilusão de pertencer àquele mundo. Mas agora acordamos e descobrimos que não é assim. Fomos meros espectadores. A beleza sorriu, mas não para receber-nos; o seu rosto voltou-se em nossa direção, mas não para ver-nos. Não fomos aceitos, nem acolhidos, nem fomos convidados para a festa... A sensação de que somos tratados como estrangeiros neste universo, o desejo de nos fazer notar, de encontrar alguma resposta, de vencer o abismo que nos separa da realidade, tudo isso faz parte do nosso segredo inconsolável".